terça-feira, 6 de abril de 2010

Técnico ambiental reutiliza pneus e evita que se tornem criadouros do mosquito da dengue

Além dos pneus, restos de madeira e espuma são usados na confecção
Qual o destino daquele pneu velho, que já não pode mais rodar nas ruas? Transformar lixo em artesanato. Um técnico ambiental de Tremembé reaproveita pneus velhos para fazer puff. A experiência, além de render um dinheiro para ele, ajuda o meio ambiente e elimina criadouros do mosquito da dengue.
Essa borracharia deu o rumo certo a eles. Dali, todo esse material segue para um ateliê. E o trabalho de Felipe é transformá-lo em puff. Além de pneus, o técnico ambiental que se arriscou na arte aproveita restos de madeira jogados no lixo e retalhos de espumas doados por empresas. O que poderia degradar o meio ambiente agora traz conforto para as pessoas e alívio para a natureza. "Se você joga pneu, de forma ilegal em determinado lugar, determinada área, vai cair a chuva e gerar focos, como o do mosquito da dengue, por exemplo. Se você queima, vai gerar CO2, gás carbônico e também o enxofre", diz o técnico ambiental Felipe França. Cada um desses puff é vendido a R$ 40, com custo menor do que R$ 10. E com modelos variados para quem pretende entrar no time da preservação. E um dos mais procurados, segundo o corintiano Felipe, leva as cores do Verdão. "Infelizmente, por enquanto, estou vendendo mais do Palmeiras do que do meu time favorito, mesmo", diz. E o trabalho desenvolvido pelo Felipe já ganhou reconhecimento na cidade e veio parar no comércio. Em um salão de beleza, por exemplo, além das tradicionais cadeiras, a poltrona, os clientes também podem se sentar em dois puffs. de pneus. E os funcionários garantem que os clientes aprovaram a idéia. "É muito confortável. Às vezes, elas até preferem os puffs do que os bancos mesmo, tradicionais", diz a funcionária Niria dos Santos. A arte é sem dúvida um caminho para o lixo descartado pela sociedade. Henrique é um criador. Faz a lata, o plástico e tudo que pode ser reaproveitado virar um homem de ferro.


Ou ainda um velotrol que sobe e desce para divertir as crianças. É a criatividade sustentada pela consciência. "Mais gostoso ainda quando você está numa exposição e vem o pessoal tirar foto. Veio uma senhora de 60 anos tira foto, vem uma criança tira foto, então eles levam uma recordação, né? E leva essa consciência também. Fala 'puxa vida! Olha,dá pra fazer tanta coisa. Eu não vou jogar mais nada fora em casa", diz o artesão Luiz Henrique Justen.
Fonte: vnews.com.br

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